4.12.08

Por uma História Utópica


O único sentido possível para a História é in-verso. Cientistas saem do presente rumo ao passado e não voltam. Queremos partir do passado e rumar ao futuro. Feitio de rio que com a violência de seu curso arrasta pau e mato e arredonda pedregulho de duras pontas. Importa é compor com as forças movidas pulsantes pelo histórico, forças que já não tem data e por isso preenchem o pulso e soltam a voz, viva, presente. Histórico não é o fato, feito, mas sim o acontecimento, que hoje ainda é, porque mais do que coisa dita e feita é possibilidade. Importa é arrastar o sentido pro agora: por ainda ser sentido. Não idéia, nem razão. Somos do interior do mato; caatinga e roçado. O eu que nos é tem fé cega e faca amolada. Razão não contém nem ciência está contida: somos Brasil, a luz do possível que se sonha apagada: pés no chão e cabeças em sonho.
Sonho não esbarra em tempo.
Ciência não sopra cata-vento.
O único sentido possível para a História é o inverso. Sair do possível...com o impossível. Tomar as rédeas da razão pelo sensível, pois é este o sentido, a sentir-se de um povo:
Apostamos tudo na utopia.

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